
seletividade alimentar (distúrbio alimentar pediátrico - dap)

A seletividade alimentar (SA) é caracterizada pelo consumo limitado de alimentos, e desinteresse pelo alimento e resistência para experimentar novos sabores. Com isso a criança pode ter problemas nutricionais, além de limitar qualquer atividade social da criança relacionada à alimentação.
Crianças com seletividade alimentar geralmente só aceitam alimentos conhecidos, podendo restringir seu consumo a alimentos de uma marca específica, determinado tamanho, cor, textura e formato.
É comum apresentarem comportamentos de fuga no momento da alimentação, como choro e birra, que persistem além do que é esperado em crianças sem esse tipo de restrição.
A seletividade alimentar não passa ou se cura sozinha! Crianças que apresentam dificuldades alimentares precisam de tratamento especializado de modo a superar essas dificuldades e ter uma alimentação variada e equilibrada.
As dificuldades alimentares podem ser classificadas em:
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Seletividade alimentar
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Seletividade alimentar severa
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Recusa alimentar
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Distúrbio alimentar pediátrico
Seletividade alimentar:
Na seletividade alimentar a criança participa da refeição em família e não apresenta alterações de tempo e local, entretanto apresenta variedade ou quantidade de alimentos reduzidas. Crianças com seletividade alimentar consomem pelo menos um alimento de cada categoria (textura ou grupo alimentar) e comem mais de 30 alimentos.
Seletividade alimentar severa:
Na seletividade alimentar severa a criança quase sempre come alimentos diferentes da sua família e apresenta tempo e locais diferentes da sua família. As crianças apresentam resistência ao variar marcas de alimentos, utensílios e ou forma de apresentação dos alimentos, além disso recusa de classe inteira de alimentos, textura, sabor, aparência ou temperatura e comem menos de 20 alimentos.
Recusa alimentar:
Na recusa alimentar, a criança recusa persistente a todos ou a maioria dos alimentos ofertados, além disso apresenta comprometimento do aporte calórico e das necessidades nutricionais;
• Perda ou dificuldades de ganhar peso suficiente para crescimento e desenvolvimento
Crianças com recuso alimentar pode necessitar de suporte nutricional ou de outra via de alimentação. Apresentam muito desinteresse pelos alimentos, repulsa por certos alimentos baseados nas suas qualidades sensoriais, além de medo ou aversão aos alimentos e à situação de refeição.
como é a terapia fonoaudiológica nas dificuldades alimentares?
Após a fonoaudióloga Alessandra acolher esta família e realizar uma entrevista para saber em qual a classificação esta criança se encontra referente as dificuldades alimentares, a fonoaudióloga estabelece um vínculo com a criança, ou seja, é por meio do lúdico que a fonoaudióloga consegue a confiança da criança.
Desta forma é feita uma a avaliação do sistema estomatognático e suas funções (avaliação das estruturas relacionadas: língua, lábios, bochechas, mastigação e deglutição ), além de solicitar um diário alimentar da criança: material escrito e em vídeo.
O papel do fonoaudiólogo na seletividade alimentar é: trabalhar com as funções orais de modo a entender as preferências da criança, despertar o interesse por outros sabores, organizar o contexto alimentar e reduzir a sensibilidade intra-oral.
O trabalho das dificuldades alimentares não é exclusivo do fonoaudiólogo, necessitando assim de uma equipe multidisciplinar para auxiliar: médico, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional.
comer é complexo e difícil!
Lembre-se comer é complexo e difícil! Existem cerca de 25 etapas necessárias para que a criança possa comer. Cada etapa necessita de um conjunto de habilidades e desenvolvimento motor oral e sensorial. São pré-requisitos para que acriança possa comer! A criança precisa tolerar ver o alimento, depois interagir com ele, cheirá-lo, tocá-lo, prová-lo até aceitar comê-lo!
Se a sua criança apresenta alguma dificuldade alimentar, entre em contato com a fonoaudióloga Alessandra para agendar uma sessão!
Referências: Junqueira, 2017

