O que é a Terapia Diagnóstica em Linguagem?
- Alessandra Santos

- 22 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de dez.

Muitas crianças chegam até nós encaminhadas para uma avaliação de fala e linguagem. No entanto, dar um diagnóstico preciso não é como tirar uma foto rápida; em muitos casos, precisamos de um filme inteiro para entender a criança de verdade!
É aí que entra a Terapia Diagnóstica.
O que é a Terapia Diagnóstica, afinal?
A Terapia Diagnóstica é um período de avaliação estendido, que dura mais sessões do que uma avaliação padrão. Em vez de nos limitarmos a 2 ou 3 encontros protocolares, reservamos um tempo maior — podendo durar algumas semanas ou até mais de 2 meses — para observar a criança em diferentes contextos e situações.
O objetivo? Garantir um diagnóstico o mais preciso e concreto possível.
Como a Terapia Diagnóstica funciona?
Nosso processo é uma união entre ciência e arte clínica, mas com uma função dual importantíssima:
1. Avaliação e Intervenção Simultâneas (O Ponto Chave)
Este é o diferencial. Em casos de suspeitas complexas, não basta apenas aplicar testes. Precisamos ver como o paciente reage à estimulação!
Durante a Terapia Diagnóstica, nós avaliamos e intervimos ao mesmo tempo. A terapeuta testa diferentes estratégias de tratamento para ver como e o quanto a criança evolui. Esse olhar sobre o potencial de evolução do paciente é crucial para fechar o diagnóstico com maior precisão e garantir que o tratamento, quando iniciado, seja o mais eficaz desde o primeiro dia.
2. Protocolos Científicos e Vínculo
Utilizamos protocolos validados, mas valorizamos o vínculo (rapport). A criança precisa confiar na terapeuta para mostrar seu real desempenho. A Terapia Diagnóstica nos dá tempo para construir essa confiança, permitindo que a criança relaxe e coopere com as demandas da avaliação de forma natural.
Quando a Terapia Diagnóstica é Indicada?
Este tipo de avaliação estendida é muito comum e, muitas vezes, essencial quando a cooperação é baixa ou nos casos onde a complexidade exige tempo para diferenciação.
As suspeitas mais frequentes incluem:
Atrasos severos no desenvolvimento de Linguagem e Fala.
Suspeita de Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL).
Suspeita de Apraxia de Fala na Infância (AFI).
Dificuldades de comunicação que não se encaixam em um diagnóstico padrão.
Ao final do processo de Terapia Diagnóstica, fornecemos um relatório completo e detalhado que resume as descobertas funcionais da criança e estabelece o plano terapêutico mais adequado.
Alessandra Santos
Fonoaudióloga Infantil
CRFa 3-11455-5




